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Banca de QUALIFICAÇÃO: ANA CAROLINA OLIVEIRA SANTOS

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ANA CAROLINA OLIVEIRA SANTOS
DATA: 10/03/2023
HORA: 09:00
LOCAL: Online via GoogleMeet
TÍTULO:

EFEITOS DO PROCESSAMENTO DO MILHO E DA FONTE DE UREIA NA EXPRESSÃO DE GENES ENVOLVIDOS NO TRANSPORTE DE UREIA, ÁCIDOS GRAXOS VOLÁTEIS E GLICOSE NOS DIFERENTES TECIDOS DE BOVINOS NELORE TERMINADOS EM CONFINAMENTO


PALAVRAS-CHAVES:

amido, glicose, nitrogênio, reciclagem


PÁGINAS: 35
GRANDE ÁREA: Ciências Agrárias
ÁREA: Zootecnia
SUBÁREA: Nutrição e Alimentação Animal
ESPECIALIDADE: Avaliação de Alimentos para Animais
RESUMO:

O uso de ureia na dieta de ruminantes é uma importante fonte de nitrogênio
destinado à síntese de proteina microbiana pelos microrganismos ruminais. O
principal desafio, no entanto, tem sido a otimização do uso de nitrogênio dietético
objetivando assim, mitigar perdas econômicas e ambientais. Acredita-se que a
reciclagem de nitrogênio que ocorre no tecido hepático seja responsável por 40 a 80%
da ureia endógena que retorna ao trato gastrointestinal e que 35 a 55% é capaz de
contribuir para o anabolismo (LAPIERRE e LOBLEY, 2001). A ureia reciclada é
aproveitada pelos microrganismos para sintetizar proteina microbiana e volta ao
rúmen majoritariamente pelo epitélio ruminal e cerca de 10 a 40% pela saliva
(BERENDS et al., 2014).
A ureia possui alta taxa de hidrólise no rúmen devido a ação da urease
produzida por bactérias por duas causas principais: 1) as bactérias usam NH3 como
fonte de N e C para síntese de aminoácidos (PENGPENG e TAN., 2013) e 2) os
microrganisos usam NH3 como tampão para neutralizar ambientes ácidos do trato
gastrointestinal (ARIOLI et al., 2010). Por esse motivo, a ureia sofre rápido escape do
rúmen, sendo comum nos sistemas de produção, uma considerável ineficência do uso
da ureia, pois, a taxa de utilização é menor do que a taxa de hidrólise (PATRA.,
2015). Consequentemente, mais ureia é perdida na forma de urina excretada.
Uma infusão contínua de ureia no abomaso é capaz de diminuir a excreção e
aumentar o aproveitamento, porque fornece N-NH3 de forma mais adequada. Dessa
forma, o uso de ureia de liberação pós ruminal pode contribir para maiores taxas de
reciclagem de nitrogênio para o trato gastrointestinal aumentando assim, a eficiência
de utilização, bem como reduzindo as perdas e tornando o sistema mais
financeiramente rentável por reter mais N no corpo do animal (OLIVEIRA et al.,
2020).
A presença de carboidratos fermentáveis na dieta pode contribuir com o
crescimento microbiano, devido ao aumento significativo da energia disponível no
rúmen, diminuindo assim a concentração ruminal de amônia e otimizando o
aproveitamento de N-NH3. Além disso, diversos estudos mostraram que a expressão
de UT-B (principal proteina envolvida no transporte de ureia no trato gastrointestinal)
é mais responsiva aos carboidratos da dieta (SIMMONS et al., 2009; WALPOLE et
al., 2015) do que a proteina dietética (MARINI e VAN AMBURGH, 2003; ROJEN et

al., 2011).
Nos últimos anos houve uma crescente necessidade de entender, a nível
molecular, como a nutrição pode interagir com o genoma. Diante disso, a biologia
molecular vem se destacando e, por meio das tecnologias empregadas nestas
pesquisas, o estudo da nutrigenômica vem cada vez mais tomando espaço na
produção animal. A nutrigenômica é a ciência que estuda as interações entre os
nutrientes e os genes ( NEEHA; KINTH, 2013 ) e permite entender como a nutrição
pode afetar a expressão gênica (GONÇALVES et al., 2009).
A expressão gênica é um processo que envolve várias etapas (ALBERTS et
al., 2008) e pode ser influenciada por diversos fatores epigenéticos. As mudanças
epigenéticas são aquelas causadas por fatores ambientais que, a depender do tipo de
modificação, pode expressar certos genes, como também silenciá-los.
Frente a isso, a quantificação do nível de expressão dos genes, é feita por meio
da técnica de RT-qPCR (Reação em cadeia quantitativa via transcrição reversa) que
amplifica, com o auxílio de um agente fluorescente, uma sequência específica de
DNA com o objetivo de torná-la abundante para a realização de diversas outras
técnicas. A técnica acontece em tempo real e proporciona a quantificação dos genes
de interesse com base na expressão de genes de referência.
Diante do exposto, hipotetizamos que a utilização de milho reidratado poderá
aumentar a expressão de genes ligados ao transporte de ácidos graxos voláteis e ureia
no rúmen, bem como genes ligados ao transporte de glicose no intestino, devido a
maiores concetrações de ácidos graxos de cadeia curta. Enquanto que a ureia de
liberação pós ruminal afetará, de diferentes formas, a expressão dos genes envolvidos
com o ciclo da ureia e transporte da mesma no rúmen, fígado, intestino e rins, por ser
liberada em local de menor hidrólise. Portanto, o objetivo com este trabalho será
avaliar os efeitos e interações do tipo de processamento do milho com as fontes de
ureia fornecidas sobre a expressão de genes ligados ao transporte de ureia, ácidos
graxos voláteis, glicose e manutenção do pH ruminal nos tecidos: fígado, jejuno, rins
e rúmen.


MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - PRISCILLA DUTRA TEIXEIRA - DZO/FZMV (Suplente)
Externo à Instituição - OTÁVIO RODRIGUES MACHADO NETO - UNESP (Membro)
Presidente - MATEUS PIES GIONBELLI (Membro)
Externo à Instituição - MARCIO DE SOUZA DUARTE - nd (Membro)
Notícia cadastrada em: 28/02/2023 14:47
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