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Banca de QUALIFICAÇÃO: RENATO LUÍS DE PAULA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: RENATO LUÍS DE PAULA
DATA: 21/03/2023
HORA: 08:30
LOCAL: Online via GoogleMeet
TÍTULO:

IMPACTS OF CRUDE PROTEIN LEVEL AND UREA SOURCE ON FINISHING PERFORMANCE OF NELLORE BULLS


PALAVRAS-CHAVES:

eficiência, rúmen, nitrogênio não-proteico, reciclagem de ureia


PÁGINAS: 31
GRANDE ÁREA: Ciências Agrárias
ÁREA: Zootecnia
SUBÁREA: Nutrição e Alimentação Animal
ESPECIALIDADE: Avaliação de Alimentos para Animais
RESUMO:

A proteína é o nutriente com maior custo unitário da dieta (PAIXÃO et al., 2006) e precisa ser fornecida de forma balanceada. Os bovinos possuem exigência de proteína reduzida à medida que amadurecem (NRC, 2000). No entanto, em países que utilizam dietas à base de grãos, como Austrália, Canadá e EUA, manter fixa a inclusão de proteína bruta em todo período de terminação e alimentar para atender ou exceder a exigência desse nutriente são práticas comumente usadas (F. COWLEY et al., 2019).

O fornecimento da mesma dieta durante todo período de alimentação pode favorecer maiores perdas de nitrogênio na urina, pois a concentração de proteína na dieta pode estar excessiva, já que a deposição de tecido muscular diminui enquanto a deposição de tecido adiposo aumenta no final do período de alimentação (COLE et al., 2005). A diminuição da proteína bruta (PB) das dietas de bovinos de corte pode ser o método mais prático e econômico para reduzir as emissões de amônia (TODD et al., 2006).

A substituição de parte da proteína verdadeira pelo nitrogênio não proteico (NNP) tem levado ao aumento de pesquisas com a utilização da ureia com objetivo de reduzir o custo de produção (OBEID et al., 2006).

A utilização de alimentos com maior teor de nitrogênio não proteico (NNP), como a ureia, em substituição aos alimentos que contenham proteína verdadeira pode melhorar a eficiência financeira da alimentação (SANTOS et al., 2011). De acordo com SANTOS (2006), a ureia é utilizada na dieta de ruminantes para adequar a proteína degradável no rúmen e para reduzir o custo com a suplementação proteica.

No entanto, a ureia utilizada como fonte de NNP é rapidamente hidrolisada e pode contribuir em disponibilidade ruminal de N amoniacal maior do que a capacidade de utilização pelos microrganismos para síntese de proteína microbiana, resultando em maior perda de N do rúmen para o sangue. Se a quantidade de amônia que chega no fígado exceder a capacidade de processamento pelo animal, impactos no desempenho apresentados pelos reflexos negativos no consumo podem surgir e perdas via excreção urinária aumentam (LAPIERRE & LOBLEY, 2001; SANTOS e PEDROSO, 2011).    

O excesso de N que é excretado resulta em impactos ambientais e os gastos energéticos dos animais pelo excesso de proteína podem estar subestimados (F. COWLEY et al., 2019).  A maior parte dos nutrientes fornecidos para os bovinos é excretada na urina ou fezes, sendo que o percentual retido é de apenas 10 a 20% da ingestão (McBride, 2003).

Neste contexto, tem sido realizados estudos com suplementação de ureia no rúmen e pós-rúmen com objetivo de aumentar a eficiência de utilização de N (DE CARVALHO et al., 2019; DE OLIVEIRA et al., 2020). Em recente estudo, Fávero et al. (2023) avaliaram a substituição da ureia por ureia de liberação pós-ruminal em bovinos terminados em confinamento recebendo dietas à base de milho moído ou silagem de milho reidratado. Estes autores evidenciaram que, independente do processamento do milho, a substituição de ureia de liberação pós-ruminal aumentou o ganho médio diário em 7,1% (1,95 vs. 1,78 kg/dia) e, como o consumo de matéria seca foi semelhante entre as fontes de ureia (em média, 10,4 kg/dia), a eficiência alimentar foi ampliada em 6,9% (P < 0,03) em comparação com os animais que receberam a ureia convencional. Esta ampliação sobre o desempenho foi explicado pela provável maior eficiência da captura do N reciclado pelos microrganismos ruminais, devido a maior estabilidade da concentração de amônia no rúmen, redução excreção de ureia urinária, conforme relatado em outros estudos avaliando a infusão pós-ruminal de N (Egan, 1965ab; Batista et al., 2016; Oliveira et al., 2021).


MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - PRISCILLA DUTRA TEIXEIRA - DZO/FZMV (Suplente)
Interno - MARCOS NEVES PEREIRA (Membro)
Externo à Instituição - MARCO AURÉLIO DE FELICIO PORCIONATO - TROUW NUTRIT (Membro)
Presidente - DANIEL RUME CASAGRANDE (Membro)
Notícia cadastrada em: 14/03/2023 16:44
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