Banca de DEFESA: BRENNDA PAULA GONÇALVES ARAUJO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: BRENNDA PAULA GONÇALVES ARAUJO
DATA: 19/04/2023
HORA: 08:30
LOCAL: google meet
TÍTULO:

DIVERGÊNCIA GENÉTICA E CARACTERIZAÇÃO FENOTÍPICA NA RAÇA MANGALARGA MARCHADOR

PALAVRAS-CHAVES:

componentes principais, equinos, linhagens, melhoramento genético, microssatélites

PÁGINAS: 40
GRANDE ÁREA: Ciências Agrárias
ÁREA: Zootecnia
SUBÁREA: Genética e Melhoramento dos Animais Domésticos
RESUMO:

A raça Mangalarga Marchador (MM) iniciou a formação na região sul do estado de Minas Gerais através do cruzamento de éguas nativas com um garanhão da raça Puro Sangue Lusitano. Ao longo dos anos, as famílias sul mineiras começaram a selecionar os animais de acordo com os próprios interesses e preferências pessoais, formando assim, linhagens dentro da raça com características individuais, na tentativa de buscar maior padronização e em particular para fixar características de andamento. Pesquisas científicas sobre as linhagens na raça MM são escassas quando comparadas a outras raças, com isso há muitos questionamentos sobre as afirmações históricas feitas sobre elas. De acordo com o livro “Costelas do abismo” de Ricardo Casiuch, baseado em informações históricas, é apresentada a existência de linhagens na raça. A identificação de linhagens é importante para o conhecimento da variabilidade genética da raça e possibilita a identificação de diferenças fenotípicas entre elas, podendo assim ser uma ferramenta auxiliar na seleção. Os objetivos dessa pesquisa foram identificar se existem linhagens na raça MM  utilizando marcadores moleculares do tipo microssatélites e descrever a caracterização fenotípica dessas linhagens, para que seja utilizado como ferramenta ao se selecionar os indivíduos de acordo com o objetivo de seleção de cada criador. Os bancos de dados utilizados foram provenientes da Associação Brasileira de Criadores de Cavalo Mangalarga Marchador. O banco de genotipagem continha 255.257 equinos da raça MM, nascidos entre os anos de 2005 a 2021. Além deste, foi utilizado um banco com informações de pedigree de 622.299 animais nascidos de 1952 a 2020 e um banco de fenótipos avaliados no momento do registro definitivo contendo 303.248 animais nascidos de 1950 a 2018. Para a verificação da existência de diferenças genéticas de acordo com a linhagem na raça, foi realizado a análise discriminante por meio de componentes principais (Discriminant Analysis of Principal Component – DAPC) implementada pelo pacote adegenet 2.0.0 (Jombart, 2008) do programa R e para a realização da caracterização fenotípica foi utilizado o teste de Kruskall Wallis no programa R, para comparação das médias das medidas morfométricas. A análise de DAPC demonstrou diferenciação genética das linhagens Angai e Herdade, em relação às demais. No teste de Kruskall Wallis, a linhagem Herdade, apresentou maior diferenciação em relação aos 3 grupos de comparação, demonstrando que os animais dessa linhagem são menores e mais reunidos, além de apresentarem maior pontuação para andamento e morfologia. Desta forma, este estudo conclui que, com o banco de dados analisado, quando comparadas às linhagens da raça MM descritas historicamente, a raça não apresenta tantos grupos genéticos distintos, separando em apenas 3 grupos, e quando comparada as características fenotípicas, apenas 1 linhagem se diferenciou.

MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - SILVINA DIAZ - UNLP (Membro)
Presidente - SARAH LAGUNA CONCEICAO MEIRELLES (Membro)
Externo à Instituição - JÚLIO CÉSAR DE CARVALHO BALIEIRO - USP (Membro)
Externo à Instituição - CAIO AUGUSTO PERAZZA - UMC (Suplente)
Externo à Instituição - ALESSANDRA ALVES SILVA - UFV (Suplente)