Banca de DEFESA: MARCO TÚLIO SANTOS SIQUEIRA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARCO TÚLIO SANTOS SIQUEIRA
DATA: 01/03/2024
HORA: 14:00
LOCAL: online
TÍTULO:

UTILIZAÇÃO DE GORDURA INERTE DE PALMA E LISOLECTINA NA DIETA DE BORREGAS

PALAVRAS-CHAVES:

desempenho; digestibilidade; lecitina; metabólitos; Ovis aries; surfactante.

PÁGINAS: 1
GRANDE ÁREA: Ciências Agrárias
ÁREA: Zootecnia
RESUMO:

A presença de ácidos graxos essenciais nas dietas de ruminantes desempenha um papel
crucial na regulação do desempenho lipídico e na melhoria da eficiência metabólica,
destacando-se como fator determinante na promoção da saúde e desempenho dos animais,
podendo influenciar diretamente o perfil metabólico e parâmetros produticos de cordeiros.
Objetivou-se avaliar o perfil bioquímico e desempenho de cordeiros alimentados com
gordura inerte de óleo de palma associada à lisolecitina, bem como a digestibilidade das
dietas. O experimento foi conduzido no setor de Caprinos e Ovinos da Universidade
Federal de Uberlândia. Para o experimento 1 foram utilizadas 28 cordeiras mestiças (Santa
Inês x Dorper) com 43,77 ± 5,45 kg de peso corporal e 8 ± 1 meses de idade, alocadas em
quatro baias coletivas e submetidas a um delineamento inteiramente casualizado em
esquema fatorial 2 x 2, com os fatores : (1) tipo de gordura (TG; pura e com lisolecitina) e
(2) quantidade de gordura (QG; 100 vs 150g). Para o experimento 2 foram utilizadas 24
borregas contemporâneas de mesmo padrão racial com 37,33 ± 8,05 kg PC e 8 ± 1 meses
de idade, alocadas em gaiolas de metabolismo, conforme delineamento experimental
descrito para EXP1. Os animais foram alimentados com silagem de milho e concentrado.
Gordura e gordura + lisolecitina foram adicionadas ao concentrado nos horários da
alimentação: 08h00 e 16h00. Durante ensaio de desempenho, o peso, circunferência de
barril (CB) e escore de condição corporal (ECC) dos animais foram aferidos
semanalmente, nos dias: d0 (início), d7, d14, d21, d28, d35 e d41 (final). Os metabólitos
sanguíneos foram coletados em momentos diferentes (0, 14, 28 e 42d). A avaliação de
curva glicêmica por colheita sanguínea ocorreu às 08h00, 11h00, 14h00, 17h00 e às
20h00, nos dias 10, 25 e 40 do experimento. Durante o ensaio metabólico foram realizadas
coletas totais de fezes e urina durante os cinco dias destinados à coleta de dados e
amostras. Foram pesados e amostrados diariamente durante todo o período experimental
os alimentos ofertados e sobras em ambos experimentos, além das fezes, para análises dos
atributos nutricionais. A análise estatística foi realizada pela versão 9.4 SAS e
inicialmente os dados foram submetidos ao teste de normalidade e homogeneidade das
variâncias a 5% de probabilidade. A significância foi determinada pelos testes F e Tukey,
quando P ≤ 5%. Metabólitos sanguíneos e desempenho corporal foram avaliados como
medidas repetidas ao longo do tempo. Enquanto a curva glicêmica foi analisada
estatisticamente em função da hora de avaliação. Os dados referentes ao ECC e EF foram
analisados por estatística não paramétrica. A adição de lisoleticina aumentou (P<0,01) o
ECC (3,07 x 2,87). Peso corporal (PC) e CB aumentaram (P<0,01) linearmente em relação
ao dia da avaliação. Ganho médio diário (GMD), ganho de peso total (GPT) e ECC

apresentaram efeito quadrático para o dia de avaliação, com valor máximo no 14d seguido
de diminuição para GMD e GPT, enquanto ECC apresentou ponto máximo aos 28 dias
com decréscimo até o fim do estudo. A variável creatinina (CREA) apresentou efeito
quadrático para o dia da avaliação, com valor mínimo no 28d seguido de aumento. O
mesmo efeito foi encontrado para proteínas totais (PT) com valor mínimo alcançado em
14d seguido de aumento. Por outro lado, a ureia, apesar de também demonstrar efeito
quadrático para o período de avaliação, apresentou valor máximo no dia 14d seguido de
decréscimo. Em contrapartida, a albumina (ALB) apresentou efeito linear positivo
(P<0,01) ao longo do dia de avaliação. A inclusão de lisolecitina aumentou (P=0,02) os
níveis de colesterol (COL; 24,50 x 19,15), triglicerídeos (TRIG; 103,04 x 83,14) e
lipoproteínas de alta (HDL; 28,97 x 24,93) e de muito baixa densidade (VLDL; 20,61 x
16,65). TRIG, COL, HDL, VLDL e lipoproteína de baixa densidade (LDL) aumentaram
(P<0,01) enquanto a frutosamina (FRUT) diminuiu linearmente em relação ao dia da
avaliação. As relações colesterol total e HDL (CT/HDL) e LDL/HDL apresentaram efeito
quadrático para o dia de avaliação, com valor máximo no 14d seguido de diminuição.
Fosfatase alcalina (ALP) e aspartato amino transferase (AST) aumentaram, enquanto a
gama glutamiltransferase (GGT) diminuiu linearmente em relação ao dia da avaliação
(P<0,01). A adição de 150g de gordura bruta reduziu o teor de fezes na matéria natural
(FMN) em relação a 100g de gordura (0,306 x 0,415; P=0,04). A inclusão de lisolecitina
diminuiu o escore fecal (2,03 x 1,93; P=0,04). A inclusão da lisolecitina associada à
gordura de palma aumentou a concentração sérica de metabólitos sanguíneos, descrevendo
níveis acima do recomendado. No entanto, nenhum efeito adverso foi observado nos
animais que apresentaram mesmo desempenho de animais consumido gordura sem
lisolecitina.

MEMBROS DA BANCA:
Presidente - MARINA DE ARRUDA CAMARGO DANES (Membro)
Externo à Instituição - KARLA ALVES OLIVEIRA - IFTM (Suplente)
Externo ao Programa - IRAIDES FERREIRA FURUSHO GARCIA - DZO/FZMV (Membro)
Externo à Instituição - GILBERTO DE LIMA MACEDO JÚNIOR - UFU (Membro)
Interno - ERICK DARLISSON BATISTA (Suplente)
Externo à Instituição - CAMILA RAINERI - UFU (Membro)