Banca de QUALIFICAÇÃO: ANA JESSICA PEREIRA BERTINI DE OLIVEIRA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ANA JESSICA PEREIRA BERTINI DE OLIVEIRA
DATA: 06/11/2020
HORA: 09:30
LOCAL: Videoconferência
TÍTULO:

DESEMPENHO DE DOIS TESTES DE RASTREAMENTO NUTRICIONAL COMO PREDITORES DE DESFECHOS CLÍNICOS NEGATIVOS EM PACIENTES HOSPITALIZADOS E COM EXCESSO DE PESO.

PALAVRAS-CHAVES:

Palavras-chave: Desnutrição. Fatores de risco. Obesidade. Triagem.

PÁGINAS: 39
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Nutrição
RESUMO:

RESUMO A aplicação de ferramentas rastreamento nutricional permite detectar riscos de maneira precoce. De maneira geral, entre pacientes adultos e idosos hospitalizados já é comprovada a associação do risco nutricional com alguns desfechos clínicos negativos, porém essa relação ainda não está bem elucidada quando são avaliados especificamente indivíduos com excesso de peso. Dessa forma, o objetivo deste estudo foi comparar duas ferramentas de triagem nutricional para avaliação de risco nutricional e sua relação com a ocorrência de desfechos clínicos negativos em pacientes hospitalizados com excesso de peso. Trata-se de um estudo retrospectivo realizado em um hospital de médio porte com pacientes adultos e idosos de ambos os sexos, de distintas enfermarias. Foram elegíveis dados de pacientes que tivessem registrados em prontuário dois testes de rastreamento nutricional Mini-Avaliação Nutricional - Reduzida (MAN-R) e Nutritional Risk Screening (NRS-2002). Além disso, características sociodemográficas, clínicas e antropométricas dos pacientes, bem como os desfechos clínicos (tempo de internação, óbito e reinternação) foram obtidos. A concordância entre NRS-2002 e MAN-R foi avaliada pelo índice Kappa e as diferenças entre os grupos com risco e sem risco nutricional foram medidas utilizando o teste de Qui-Quadrado e Mann-Whitney (p<0,05). Foram coletados dados de 1.563 pacientes, sendo a prevalência de excesso de peso de 43,3% (n=682). Destes, a maioria 56,7% (n=387) eram do sexo feminino e a idade mediana de 63,0 (48,0-76,0) anos. A prevalência do risco nutricional foi 36,8% (n=251) segundo avaliação pela MAN-R, e 17,3% (n=117) pela NRS-2002. A concordância entre os métodos de triagem foi de K= 0,350 (p<0,001) sendo que, o maior índice de concordância foi obtido entre o segundo e terceiro quartis de IMC (K=0,405). Segundo avaliação pela MAN-R todos os desfechos clínicos, tais como reinternação (13,9% vs. 3,5 – p<0,001), tempo internação (6 vs. 4 dias – p<0,001) e óbito (1,4% vs. 4,0 – p<0,031) foram significativamente mais frequentes entre os pacientes com risco nutricional. Segundo a NRS-2002 apenas o tempo de internação esteve associado ao risco nutricional (6,5 dias vs. 4 dias - p<0,001). Foi possível observar que a MAN-R foi capaz de detectar maior proporção de risco em indivíduos com excesso de peso e foi mais associada a desfechos clínicos negativos na população avaliada 

MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ADNA LUCIANA DE SOUZA - UFOB (Membro)
Externo à Instituição - BARBARA PEREZ VOGT - UFU (Membro)
Interno - ISABELA COELHO DE CASTRO (Suplente)
Presidente - LIVIA GARCIA FERREIRA (Membro)