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Banca de DEFESA: TAMIRIS MÜLLER MAFRA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: TAMIRIS MÜLLER MAFRA
DATA: 25/11/2021
HORA: 14:00
LOCAL: Videoconferência
TÍTULO:

ESTRESSE EMOCIONAL RELACIONADO À DOENÇA EM PESSOAS COM DIABETES MELLITUS TIPO 2


PALAVRAS-CHAVES:

Saúde mental; Diabetes; Doença crônica não transmissível.


PÁGINAS: 45
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Nutrição
RESUMO:

Diabetes mellitus tipo 2 (DM2) é doença metabólica complexa, com etiologia heterogênea, tendo fatores de risco no nível social, comportamental, ambiental e forte susceptibilidade genética. Trata-se de uma doença crônica não transmissível cuja prevalência vem aumentando de forma abissal e o Brasil atualmente encontra-se entre os dez países com maior número de indivíduos acometidos. Conviver com esta enfermidade requer cuidados permanentes e tal demanda constante pode gerar angústia, desconforto, sentimentos que em inglês foi denominado como ‘diabetes distress’ e que em português pode ser traduzido para ‘estresse emocional relacionado ao diabetes’ ou ‘sofrimento emocional causado pelo diabetes’. Trata-se da carga emocional e preocupações específicas da experiência do sujeito que tem que lidar com esta doença crônica. O objetivo desta pesquisa foi estimar a prevalência deste estresse em pessoas com DM2 em uma população do sul de Minas de Gerais e avaliar os possíveis fatores sociais e clínicos relacionados. Este é um estudo transversal, que utilizou um questionário social e clínico e a escala de estresse emocional causado pelo diabetes (Brazilian Diabetes Distress Scale – B-DDS). A análise de variâncias (ANOVA) foi usada para identificar (ao nível de 5% de significância) quais fatores (variáveis sociais e clínicas) exercem influência nos escores de DDS. Participaram do estudo 170 sujeitos, adultos, cuja idade média foi de 60,1 (±11,4) anos, IMC médio de 29,2 (±6,3) kg/m2, em sua maioria mulheres (57,6%). O tempo médio de diabetes foi de 10,1 (±7,5) anos, com hemoglobina glicada (HbA1c) média de 8,4% (69 mmol/mol) e a maioria apresentava complicações e/ou comorbidades (81,2%). A prevalência de diabetes distress foi de 68% e o escore DDS total foi de 2,45 (±0,64), correspondente a estresse emocional moderado. Todas as subáreas também apresentaram escores equivalentes a estresse moderado. A escolaridade foi a variável que teve relação em quase todas as análises: com o escore de estresse emocional geral e em três, das quatro subáreas. O estresse emocional foi maior em mulheres, nos sujeitos com menor escolaridade e naqueles em que houve mudança recente nas medicações de uso contínuo; sendo menor nos que faziam uso de sulfaniurreia e naqueles em acompanhamento multidisciplinar. Reconhecer a existência deste sofrimento, bem como mapear de acordo com a região é fundamental para entender a realidade local e traçar possíveis intervenções futuras. Visto que o Brasil é um dos países com maior número de pessoas com diabetes no mundo, possui uma população com diversidade social e cultural muito grande, são necessários mais estudos para que se possa entender a real prevalência em nosso meio e seus fatores associados. Este olhar mais abrangente possibilitará o tratamento do sujeito em sua totalidade, como ser biopsicossocial que todos são, podendo impactar com melhora no autocuidado e melhor controle da doença.


MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - VITOR LUIS TENORIO MATI - DME/FCS (Suplente)
Externo ao Programa - RODRIGO FERREIRA DE MOURA - DME/FCS (Membro)
Presidente - MARCELLA LOBATO DIAS CONSOLI - DNU/FCS (Membro)
Externo à Instituição - JANICE SEPÚLVEDA REIS - ND (Membro)
Externo à Instituição - ELISABETE APARECIDA MANTOVANI RODRIGUES DE RESENDE - UFTM (Suplente)
Notícia cadastrada em: 12/11/2021 12:09
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