Banca de DEFESA: ESTÉFANY RIBEIRO LEÃO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ESTÉFANY RIBEIRO LEÃO
DATA: 15/12/2021
HORA: 09:00
LOCAL: videoconferência
TÍTULO:

AVALIAÇÃO DA SUPLEMENTAÇÃO MATERNA COM ÓLEO DE CHIA SOBRE PARÂMETROS METABÓLICOS EM MODELO DE RESTRIÇÃO ALIMENTAR NEONATAL

PALAVRAS-CHAVES:

Desnutrição. Programação fetal. Metabolismo. Ácidos graxos ômega-3.

PÁGINAS: 55
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Nutrição
RESUMO:

Ajustes de tamanho de ninhada de roedores têm sido usados para alterar a nutrição no período de amamentação, resultando em alterações na quantidade e qualidade de leite disponível para os filhotes recém-nascidos, o que pode levar a distúrbios que permanecerão até a fase adulta. O óleo de chia (OC) se destaca como alimento promissor por possuir elevado conteúdo do ácido α-linolênico (55-66%) e compostos fenólicos. O objetivo deste estudo foi avaliar a influência da suplementação materna com o OC sobre parâmetros metabólicos em modelos de subnutrição alimentar neonatal por meio de diferentes doses do OC. Todos os procedimentos foram aprovados pelo Comitê de Ética no Uso de Animais (CEUA/UFLA/050/2019). Foram utilizados 30 camundongos BALB/c como progenitores. As fêmeas receberam a suplementação com o óleo por gavagem, nas doses 2,5 ou 5g/kg de peso corporal, desde o acasalamento até o desmame dos filhotes. Para induzir a subnutrição durante a lactação, três dias após o nascimento o tamanho da ninhada foi ajustado para 15-16 animais por ninhada, formando os grupos Subnutrido (S), S + óleo de chia (SOC 2,5 e SOC 5g/kg de peso corporal). Ninhadas contendo de 8-10 filhotes por mãe foram usados como Controle (C), sem suplementação. O peso corporal analisado ocorreu aos 21, 70 e 120 dias, e a ingestão alimentar foi mensurada semanalmente após o desmame. Aos 70 e 120 dias os animais foram submetidos ao teste de tolerância oral à glicose (TTOG). Após eutanásia (120 dias), os tecidos e sangue foram coletados para as análises. Foram avaliados lipídeos totais hepáticos e marcadores de estresse oxidativo e enzimas antioxidantes no tecido hepático e adiposo epididimal (TAE). Em relação à análise estatística, a comparação entre os grupos experimentais se deu pela análise de variância e o nível de significância adotado foi de p<0,05. Aos 21 dias, os grupos S, SOC 2,5 e SOC 5 mostraram menor peso corporal em relação ao grupo controle. Os três grupos subnutridos apresentaram maior ganho de peso corporal e menores pesos nos TAE e retroperitoneal comparados ao grupo C. No TTOG de 120 dias os animais SOC 2,5 e SOC 5 apresentaram menor área sob a curva quando comparados ao S. Em relação aos parâmetros de estresse oxidativo hepáticos, os animais SOC 5 apresentaram menores valores das substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS) em relação aos animais S, e a atividade da catalase (CAT) foi maior no grupo SOC 2,5 em relação ao grupo C. Em relação ao estresse oxidativo no TAE, os dois grupos suplementados apresentaram menores valores de TBARS em relação ao C, o conteúdo de hidroperóxidos foi maior no grupo SOC 2,5 em relação ao C e ao S, o grupo SOC 5 apresentou menores concentrações de hidroperóxidos em relação ao SOC 2,5 e a atividade da CAT foi maior nos grupos S e SOC 2,5 em comparação ao controle. Dessa forma, dentro das doses usadas neste estudo, percebeu-se que a suplementação materna do óleo de chia na dose de 5g/kg de peso corporal apresentou leve vantagem, pois atenuou alguns parâmetros metabólicos nos animais subnutridos, como, ganho de peso, peso do tecido adiposo epididimal, curva glicêmica e reduziu TBARS no fígado e TAE, demostrando que o óleo de chia nessa dose pode melhorar alterações metabólicas geradas pela subnutrição neonatal.

MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - MAÍSA MOTA ANTUNES - UFMG (Suplente)
Externo ao Programa - LUCIANO JOSE PEREIRA - DME/FCS (Membro)
Interno - LILIAN GONCALVES TEIXEIRA (Suplente)
Presidente - ISABELA COELHO DE CASTRO (Membro)
Externo à Instituição - FABIANA CARDOSO VILELA - UNIFAL (Membro)