Banca de DEFESA: FLÁVIA FLÔRES FERNANDES TAFURI

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: FLÁVIA FLÔRES FERNANDES TAFURI
DATA: 30/08/2023
HORA: 14:00
LOCAL: videoconferência
TÍTULO:

RELAÇÃO ENTRE FATORES INFLUENTES NO STATUS DE VITAMINA D E SINTOMAS DE DEPRESSÃO EM INDIVÍDUOS COM DIABETES TIPO 2

PALAVRAS-CHAVES:

Condições crônicas não transmissíveis. Saúde mental. Deficiências nutricionais.

PÁGINAS: 89
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Nutrição
SUBÁREA: Bioquímica da Nutrição
RESUMO:

O Diabetes Mellitus é uma condição clínica crônica, de elevada prevalência, que afeta 7% da população brasileira. Estudos apontam que a depressão em pacientes com diabetes, principalmente diabetes tipo 2 (DM2), tende a comprometer vários domínios da qualidade de vida, incluindo saúde física e psicológica e relacionamento social, além de contribuir para maior prevalência de obesidade, pior controle glicêmico e complicações múltiplas do diabetes. Como vários estudos epidemiológicos nas últimas décadas têm relacionado a deficiência de vitamina D com a incidência de depressão, o presente estudo objetivou avaliar os fatores influentes no status de vitamina D e a relação com os sintomas de depressão em indivíduos com DM2, no município de Barbacena-MG. Trata-se de um estudo observacional, envolvendo a população urbana de Barbacena-MG, que apresenta DM2, de ambos os sexos, com idade acima de 45 anos. Foram investigados dados socioeconômicos, antropométricos (índice de massa corporal [IMC], perímetro da cintura [PC]), perímetro da panturrilha [PP] e relação cintura-estatura [RCE]), recordatório 24 horas (R24h), fatores associados ao status de vitamina D (exposição solar, fototipo da pele e suplementação de vitamina D) e sintomas de depressão por meio do Inventário de depressão de Beck (BDI). Participaram da pesquisa 94 indivíduos, dos quais 67% eram mulheres e 63,8% idosos. A maioria possuía ensino inicial completo ou fundamental incompleto (48,9%), eram indivíduos casados (55,3%), com renda familiar mensal de 1-2 salários mínimos (70,2%). Ao analisar o consumo de bebida alcoólica e fumo, a maioria não fazia uso de ambos. O fototipo de pele II prevaleceu em relação aos demais (28,7%). Em relação a exposição solar, a maioria dos participantes se expunha ao sol até 15 minutos diariamente (63,8%); embora a maioria não praticava atividade física ao sol (86,2%), não se expunha ao sol quando ia trabalhar (100%), não trabalhava sob a luz solar (95,7%) e nunca se bronzeava (81,9%). 78,7% da amostra investigada não fazia uso de protetor solar. A maior parte dos indivíduos no estudo não fazia suplementação de vitamina D (90,4%). Quanto ao consumo médio habitual pelos indivíduos com DM2, foi observado um consumo de vitamina D, além de proteínas, fibras, vitaminas A, C, E, B3, B6 e B9, potássio, magnésio, cálcio, fósforo e zinco, bem abaixo do recomendado. Quanto aos sintomas de depressão, parcela considerável da população analisada apresentou algum grau de depressão (51,4%), sendo o grau leve o de maior prevalência (30%). Os clusters foram caracterizados por variáveis relacionadas ao status de vitamina D, sendo o cluster 1 (n=43) menor status de vitamina D e o cluster 2 (n=42) maior status de vitamina D. Apesar da elevada incidência de depressão na população geral (48,8% no cluster 1 e 55,2% no cluster 2), tais sintomas não sofreram influência, neste estudo, do status de vitamina D (p = 0,938). Não obstante, o status de vitamina D também não mostrou relação com o estado nutricional e/ou com o nível de escolaridade. A análise da ingestão habitual de vitamina D não relevou diferença entre os cluster, apontando uma ingestão demasiadamente baixa pelos participantes do estudo.

MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - MARCELLA LOBATO DIAS CONSOLI - DNU/FCS (Suplente)
Presidente - LAURA CRISTINA JARDIM PORTO PIMENTA (Membro)
Externo à Instituição - JORGE DE ASSIS COSTA - UEMG (Membro)
Interno - ISABELA COELHO DE CASTRO (Membro)
Externo à Instituição - FLÁVIA GALVÃO CÂNDIDO - UFV (Suplente)