Susceptibilidade de patógenos causadores de mastite bovina aos antissépticos comumente utilizados como dipping e o uso de extrato alcoólico de própolis como alternativa para prevenção e tratamento de mastite.
resistência bacteriana, concentração inibitória mínima
Mastite bovina é definida como a inflamação da glândula mamária, sendo ocasionada principalmente pela presença de agentes infecciosos. Possui etiologia complexa e multifatorial, com alta prevalência no mundo inteiro. É considerada a maior causa de prejuízos econômicos para a pecuária leiteira, devido principalmente a diminuição da produção e da qualidade do leite, descarte de leite e gastos com tratamentos como medicamentos e serviços veterinários.
A alta prevalência de mastite colabora para o elevado e frequentemente indiscriminado uso de drogas antimicrobianas nas fazendas leiteiras, o que contribui para a resistência bacteriana e representa um problema para a saúde humana e animal. Além disso, como forma de prevenir essa infecção, os patógenos causadores de mastite são constantemente expostos a outras substâncias antimicrobianas, como os antissépticos e desinfetantes utilizados durante o dipping. A técnica “dipping”, por sua vez, consiste na imersão dos tetos dos animais em soluções antissépticas antes (pre-dipping) e após (pos-dipping) a ordenha.
Estudos demonstram que o uso frequente de antissépticos e desinfetantes podem contribuir para a resistência bacteriana a esses compostos e ainda, colaborar para o aumento da resistência bacteriana aos antibióticos, devido aos mecanismos de resistência cruzada. Diante do exposto, o objetivo dessa dissertação é avaliar a susceptibilidade dos principais patógenos causadores de mastite bovina aos antissépticos comumente utilizados como dipping, bem como avaliar a susceptibilidade desses patógenos a quatro diferentes extratos alcóolicos de própolis, como forma de avaliar o potencial antimicrobiano desse composto.