Banca de DEFESA: VINICIUS FROTA FERREIRA DOS SANTOS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: VINICIUS FROTA FERREIRA DOS SANTOS
DATA: 30/01/2025
HORA: 15:00
LOCAL: sala de reuniões do PPGCV
TÍTULO:

Uso do ozônio no modelo de retinopatia diabética em zebrafish (Danio rerio)

PALAVRAS-CHAVES:

Morfometria, Estresse oxidativo, Olhos, Ozônio, Modelo animal

PÁGINAS: 73
GRANDE ÁREA: Ciências Agrárias
ÁREA: Medicina Veterinária
RESUMO:

Considerada atualmente como uma das principais complicações oculares de pacientes diabéticos humanos, a retinopatia diabética (RD) ainda apresenta-se como uma enfermidade que necessita de estudos para sua melhor compreensão e desenvolvimento de abordagens terapêuticas. Tais estudos podem ser realizados a partir
de modelos animais como o Danio rerio (zebrafish), e diferentes compostos podem ser pesquisados para o controle dos mecanismos hiperglicêmicos, vasculares, inflamatórios e oxidativos, como o ozônio (O3). O objetivo geral deste estudo é avaliar se o modelo hiperglicêmico da RD em zebrafish pode ser utilizado para estudar os efeitos do ozônio. Foram utilizados 570 zebrafish adultos em dois ensaios experimentais para avaliar os efeitos do O3 sobre o tecido retiniano e branquial em condições normais e em tecido retiniano em animais induzidos a doença, nas concentrações de 52 e 72 µg/ml uma e duas vezes ao dia, a cada 48 horas durante 15 dias. Também foram avaliados o potencial de oxirredução (ORP) da água, morfometria, efeito oxidativo, glicemia e proteínas glicadas dos animais. Por meio do ensaio 1, o O3 nas concentrações utilizadas não desencadeou alterações morfométricas no tecido retiniano e branquial (p > 0,05) em animais hígidos. No entanto, observou-se aumento significativo (p < 0,05) das espécies reativas de oxigênio (EROs) e da enzima superóxido dismutase (SOD), indicando o desenvolvimento de um estresse oxidativo agudo e controlado, sem efeitos deletérios observáveis. No segundo ensaio, utilizando o modelo de indução para a RD, observou-se inicialmente por meio do aumento significativo (p < 0,05) das EROs, SOD e catalase (CAT) que o zebrafish também desenvolve um quadro de estresse oxidativo. Além disso, quando tratados com o O3 , observou-se que houve melhores resultados morfométricos e acerca do estresse oxidativo, não apresentando diferenças significativas com o grupo controle negativo (CN) que permaneceu apenas em água (p < 0,05) e inclusive com valores da EROs, SOD e CAT significativamente menores do que animais do grupo controle positivo (CP) que foram apenas induzidos para a doença (p < 0,05), com destaque ao grupo testado com a dosagem de 52 µg/ml uma vez ao dia, além disso, o grupo testado com a dosagem de 72 µg/ml duas vezes ao dia (T4) apresentou resultados semelhantes ao CP e estatisticamente diferentes do CN, indicando que essa dosagem em animais doentes passa do limiar de efeitos benéficos e acarreta efeitos tóxicos. Baseando-se nos achados em ambos os ensaios, conclui-se que protocolos de O3 utilizados são seguros quanto sua aplicabilidade na água e a saúde branquial, além de não acarretar em alterações no tecido retiniano sadio, além disso, quando utilizado em animais doentes, o mesmo proporcionou um melhor controle do quadro de neurodegeneração e de estresse oxidativo, provavelmente por influência do estresse nas vias de morte celular, dessa forma, é possível indicar a realização de novos estudo na espécie com esse composto para melhor compreensão desses resultados e seu possível mecanismos de ocorrência.

MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ANDRE RODRIGUES DA CUNHA BARRETO VIANNA - UFPR (Membro)
Externo à Instituição - DANIELLA APARECIDA DE JESUS PAULA - UFPI (Suplente)
Presidente - LUIS DAVID SOLIS MURGAS (Membro)
Interno - MARCOS FERRANTE (Suplente)
Externo à Instituição - MARIA INÊS DORIA ROSSI - Fiocruz - RJ (Membro)
Externo à Instituição - ZULLYT BÁRBARA ZAMORA RODRÍGUEZ - CNIC (Membro)