AVALIAÇÃO DE CÃES EUTANASIADOS APÓS DIAGNÓSTICO POSITIVO EM TESTES SOROLÓGICOS DE LEISHMANIOSE VISCERAL CANINA, CORRELACIONANDO COM ACHADOS HISTOPATOLÓGICOS E IMUNOHISTOQUÍMICOS
Diagnóstico.
Falso-positivos.
Eutanásia.
Histopatologia.
Imunohistoquímica.
A Leishmaniose Visceral Canina (LVC) representa um grave problema de saúde pública, sendo os cães os principais reservatórios urbanos. No Brasil, o diagnóstico é frequentemente baseado em testes sorológicos (DPP® e ELISA), que, apesar da alta sensibilidade, podem gerar resultados falso-positivos devido a reações cruzadas. A eutanásia, ainda uma estratégia de controle amplamente utilizada, é muitas vezes aplicada sem confirmação parasitológica direta, levantando preocupações éticas e de eficácia. Este projeto de pesquisa propõe-se a avaliar a confiabilidade dos testes diagnósticos não parasitológicos utilizados pela Vigilância Ambiental de Lavras, MG, investigando a frequência de diagnósticos falso-positivos em cães eutanasiados. Serão correlacionados os resultados dos testes sorológicos (DPP® e ELISA) com os achados histopatológicos e imunohistoquímicos de órgãos linfoides coletados em necropsias de cães soropositivos e eutanasiados entre 2021 e 2023 no Setor de Patologia Veterinária da UFLA. A imunohistoquímica será empregada para confirmar a presença de formas amastigotas de Leishmania spp., especialmente em casos com achados histopatológicos negativos ou inconclusivos. Espera-se quantificar a taxa de discordância diagnóstica, determinar a presença parasitária real e, assim, subsidiar a revisão de protocolos diagnósticos e estratégias de manejo da LVC mais precisas e eticamente responsáveis.