Banca de DEFESA: LETICIA DO NASCIMENTO RESENDE

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LETICIA DO NASCIMENTO RESENDE
DATA: 22/03/2019
HORA: 14:00
LOCAL: Sala DMV21 - Em frente a sala de reuniões do PPGCV
TÍTULO:

Resposta de vacas leiteiras à suplementação com simbiótico

PALAVRAS-CHAVES:

imunidade; termorregulação; prebiótico; probiótico; ruminantes

PÁGINAS: 50
GRANDE ÁREA: Ciências Agrárias
ÁREA: Medicina Veterinária
RESUMO:

 

Objetivou-se avaliar o efeito de um simbiótico sobre o desempenho leiteiro, o comportamento ingestivo, a seleção de partículas da dieta, o perfil de fermentação ruminal, a digestibilidade da dieta, a termorregulação corporal e a resposta imune de vacas leiteiras. Foram utilizadas 26 vacas Holandesas (185 ± 141 dias em lactação, 7 primíparas). Após um período de padronização de 14 d, em que todos animais foram alimentados individualmente com a mesma dieta, as vacas foram blocadas por paridade (1 vs. ≥ 2) e pela produção de leite. Dentro de bloco, cada vaca recebeu um tratamento durante 56 d: Controle (CTL) ou um Simbiótico (SIM. 3,5 mL/kg de MS da dieta total), que foi adicionado à dieta total em um vagão misturador estacionário. As dietas foram fornecidas às 07:00 e 13:00 h e as vacas foram ordenhadas às 05:00, 13:00 e 20:00 h. Os dados obtidos ao longo do tempo foram analisados com o PROC MIXED do SAS e o modelo estatístico continha o efeito de covariável (medida da mesma variável no final do período de padronização), o efeito aleatório do bloco (1 a 13), os efeitos fixos de tratamento (CTL ou SIM) e tempo (dia ou semana), e a interação entre tratamento e tempo. O tratamento SIM induziu ganho em consumo de matéria seca (+ 1,1 kg/d. P < 0,01) e tendeu a aumentar as produções de leite (+ 0,6 kg/d. P = 0,06). O tratamento SIM aumentou a contagem de células somáticas do leite (P = 0,03) de 49.500 para 67.000 células por mL. Houve tendência (P = 0,08) de redução na digestibilidade aparente da matéria orgânica não-fibrosa com SIM, sem afetar a digestibilidade da FDN e do amido. O tratamento SIM reduziu (P = 0,04) o tempo diário em decúbito e reduziu (P < 0,03) a proporção do consumo diário pela manhã e aumentou a proporção à tarde. O tratamento SIM induziu aumento (P < 0,02) na temperatura retal e na da pele e tendeu (P = 0,08) a aumentar a sudorese, sem afetar a frequência respiratória. O tratamento SIM tendeu (P = 0,10) a induzir aumento de monócitos antes da vacinação, mas não afetou marcadores da resposta imune inata 7 dias após a vacinação. Houve tendência (P = 0,10) de queda de IL-4 antes da vacinação e queda (P = 0,02) de IL-12 7 dias após a vacinação com a suplementação do SIM. A suplementação de vacas leiteiras com o simbiótico aumentou o consumo de matéria seca e a produção de leite. Maior consumo foi associado a maior temperatura retal e da pele, sem afetar a sudorese e a frequência respiratória. O simbiótico induziu aumento na CCS do leite de vacas com baixa CCS, denotando aumento na imunidade da glândula mamária. O aumento da CCS foi associado a aumento de monócitos e tendência de queda na citocina IL-4. Também houve aumento na citocina IL-12 em resposta ao desafio vacinal nos animais suplementados com simbiótico. O simbiótico atuou sobre o consumo, a produção de leite, a imunidade, a temperatura corporal e a fermentação ruminal de vacas leiteiras.

 

 

MEMBROS DA BANCA:
Presidente - MARCOS NEVES PEREIRA
Externo ao Programa - CARLA LUIZA DA SILVA AVILA - DZO
Externo ao Programa - MATEUS PIES GIONBELLI - DZO
Externo à Instituição - RAYANA BRITO DA SILVA - BN
Externo à Instituição - RENATA APOCALYPSE NOGUEIRA PEREIRA - EPAMIG