AVALIAÇÃO ULTRASSONOGRÁFICA DA CAVIDADE ABDOMINAL DE EQUINOS MANGALARGA MARCHADOR DESDE O NASCIMENTO ATÉ A IDADE ADULTA
ultrassonografia transcutânea; ultrassom; cavalo; abdômen.
O Brasil possui um rebanho de cerca de 600.000 equinos da raça Mangalarga Marchador (MAPA, 2016). Entretanto, apesar de ser a raça nacional de maior expressividade no país, poucos são os relatos de estudos ultrassonográficos realizados nesses animais. Por ser um exame não invasivo e de avaliação imediata, a ultrassonografia se torna uma opção bastante viável e sem contraindicações a ser utilizada na rotina de atendimento. Objetivou-se avaliar ultrassonograficamente animais dessa raça, determinar os limites topográficos de órgãos abdominais desde o nascimento até a idade adulta. Foram utilizados, em cada grupo experimental, 20 equinos da raça Mangalarga Marchador, de ambos os sexos com idades 1 dia, 7 dias, 1 mês, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11 meses, 1 ano, 3 anos e 5 anos. A avaliação ultrassonográfica dos órgãos abdominais foi feita por meio do aparelho Mindray Z5 com transdutor multifrequencial convexo. Foram aferidos frequência cardíaca, frequência respiratória, tempo de reperfusão capilar e temperatura retal. As análises estatísticas dos dados serão realizadas utilizando o software Statistical Analysis System for Windows SAS®. Os dados serão submetidos à análise de variância seguindo um delineamento inteiramente casualizado e aplicado o teste de Tukey ao nível de significância de 5%. Animais de 7 dias, 1 ano e 5 anos de idade apresentaram FC média de 112, 65 e 51 bpm, FR média de 69, 41 e 30 mpm e TR média de 38,8, 38,6 e 37,9 °C, respectivamente. Todos os animais apresentaram tempo de reperfusão capilar menor que 3 segundos. Definiu-se a localização abdominal de estômago, intestino delgado, cólon, baço, fígado e rins. Foram obtidos valores médios, mínimos e máximos dos órgãos abdominais nessas três idades. O crescimento contínuo de baço e rins foi observado, sendo mais acentuado no primeiro ano de vida. Valores de espessura de parede de estômago, intestino delgado e cólon não variaram muito entre as diferentes idades.