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Banca de QUALIFICAÇÃO: CAMILA DE OLIVEIRA COSTA FERREIRA DE CARVALHO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: CAMILA DE OLIVEIRA COSTA FERREIRA DE CARVALHO
DATA: 16/07/2021
HORA: 08:30
LOCAL: Remoto
TÍTULO:

AVALIAÇÃO DA PERCEPÇÃO DA POPULAÇÃO SOBRE A LEISHMANIOSE VISCERAL NO MUNICÍPIO DE VARGINHA/MG, BRASIL.


PALAVRAS-CHAVES:

Doenças Negligenciadas, Minas Gerais, Conhecimento, SaúdePública


PÁGINAS: 38
GRANDE ÁREA: Ciências Agrárias
ÁREA: Medicina Veterinária
SUBÁREA: Medicina Veterinária Preventiva
RESUMO:

A leishmaniose visceral(LV)é uma doença de grande importância na saúde pública, que ocasiona lesões esplênicas e hepáticas graves. Tem letalidade considerada alta, principalmente em crianças, idosos e imunossuprimidos. Atinge em especial a população de baixa renda, considerada uma das doenças negligenciadas de difícil controle e tratamento. No Brasil tem grande importância devido a letalidade em humanos e ao grande número de cães acometidos, em especial no estado de Minas Gerais, que apresenta a maior prevalência da doença. A educação sanitária é fundamental no controle dessa zoonose. O objetivo deste trabalho foi comparar a percepção da população de bairros com menor e maior incidência de LV canina em Varginha/MG sobre a doença e seu controle. Para isso, foram aplicadas 309 entrevistas em amostragem por conglomerado com formulários semi-estruturados e validados por outros estudos, contendo perguntas direcionadas ao conhecimento e percepção geral sobre a leishmaniose visceral humana e canina. Os aplicadores foram estudantes de medicina veterinária, com apoio do Centro de Controle de Zoonoses de Varginha/MG. Abordou-se o perfil do entrevistado e sua percepção sobre os seguintes temas: doença, transmissão, vetor, gravidade, tratamento, controle, prevenção. Foi feita análise descritiva dos dados no SPSS/IBM. A análise das associações entre bairros que tiveram casos humanos ou caninos e controle foram feitas por teste qui-quadrado, considerando p<0,05. Não houve diferença entre o conhecimento nos bairros, dessa forma foi traçado o perfil geral dos entrevistados. Destes, 50,2% eram mulheres, com idades variadas, predominando acima de 30 anos, com pelo menos 20 grau completo e renda entre 1-3 salários. Dos entrevistados, 54% não conhecem a doença pelo nome LV ou calazar, em torno de 20% sabiam algo sobre o vetor e 30% sobre o envolvimento do cão; 62% possuem cão, 21% semi-domiciliados e a maioria tem cuidados sanitários genéricos, não específicos contra a LV e não sabem os sintomas. Os conhecimentos sobre controle são inespecíficos. O desconhecimento sobre a LV é generalizado na população estudada. Mesmo locais onde foram diagnosticados casos caninos ou humanos, não tem informações suficientes para os moradores procederem o controle. A maioria da população percebe que não tem conhecimento específico, apenas noções de prevenção genéricas das zoonoses. Há necessidade de melhoria da educação sanitária para o controle da LV em Varginha/MG. Provavelmente, essa seja a realidade da maioria dos municípios da região. Esse estudo deverá ser estendido a outras cidades de MG e do Brasil para direcionar ações de educação sanitária.

 


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - CHRISTIANE MARIA BARCELLOS MAGALHAES DA ROCHA (Membro)
Interno - JOZIANA MUNIZ DE PAIVA BARCANTE (Suplente)
Externo à Instituição - ISIS ABEL BEZERRA - UFPA (Membro)
Externo à Instituição - ELIZANGELA GUEDES - UNIFENAS (Membro)
Notícia cadastrada em: 08/07/2021 09:26
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