Avaliação da saúde no pós-parto de vacas de leite de alta produção tratadas com suplemento mineral injetável
bovinocultura de leite, minerais, reprodução, sanidade
O período de transição, que abrange as três semanas que antecedem o parto e as três semanas após o parto, é considerado crítico para as vacas em função das diversas alterações metabólicas pelas quais estas estão submetidas, podendo, assim, comprometer sua saúde. Dessa forma, a suplementação mineral parenteral é uma alternativa para diminuir a incidência de problemas reprodutivos e sanitários que afetam as vacas durante essa fase, uma vez que, os minerais se fazem necessários em diversos aspectos no organismo animal. Portanto, este trabalho tem como objetivo investigar os efeitos do uso da suplementação mineral parenteral sobre a incidência de doenças que acometem vacas de leite de alta produção no pós-parto. Serão utilizadas 108 vacas da raça Holandesa, primíparas e multíparas, com peso médio de 600 kg. Estas serão separadas em blocos inteiramente ao acaso, das quais 54 farão parte do grupo tratamento e 54 do grupo controle. O grupo tratamento receberá 10 mL de Fosfosal® aproximadamente 30 dias antes da data prevista do parto, ao parto e aproximadamente 30 dias após o parto, já o grupo controle não receberá suplementação. Todos os animais do experimento serão submetidos a um protocolo de inseminação artificial em tempo fixo (IATF), sendo este: D0, administração de 2 mL de benzoato de estradiol (Gonadiol®), 1 mL de GnRH (Fertagyl®) e colocação de 2 implantes intravaginais de progesterona (CIDR®), sendo um de primeiro uso e o outro de terceiro uso; D7, os animais receberão 5 mL de prostaglandina (Lutalyse®) e será retirado o implante (CIDR®) de primeiro uso; D9 haverá a administração de 5 mL de Lutalyse, 0,5 mL de cipionato estradiol (ECP®) e retirada do implante (CIDR®) de terceiro uso; D11, realização da inseminação artificial (IA). Serão coletadas, para obtenção de plasma, amostras de sangue de um sub-grupo de 27 animais de cada tratamento aproximadamente 30 dias após o parto, no D0 e D7 do protocolo e 10 dias após a IATF, para mensuração dos níveis de beta-hidroxibutirato (BHB), progesterona (P4) e fator de crescimento tipo insulina 1 (IGF-1). Por fim, os dados serão submetidos à regressão logística dentro do procedimento procreg do SAS. De forma alternativa, as medidas repetidas no tempo serão submetidas ao procedimento proc GLIMMIX do SAS.