PREVALÊNCIA, ASPECTOS RADIOGRÁFICOS E INFLUÊNCIA DO ESCORE DE CONDIÇÃO CORPORAL, TREINAMENTO E ALIMENTAÇÃO NA OSTEOARTRITE TÁRSICA JUVENIL EM POTROS DA RAÇA MANGALARGA MARCHADOR
Radiologia, ortopedia equina, osteoartrite, doenças ortopédicas do desenvolvimento, claudicação,esparavão ósseo, tarso.
Na rotina de atendimentos a animais da raça Mangalarga Marchador, as lesões ortopédicas são relativamente comuns, destacando-se o número de animais jovens, que já apresentam alterações compatíveis com osteoartrite e outras doenças ortopédicas do desenvolvimento. Essa afecção é uma das principais causas de queda de desempenho e retirada dos equinos do esporte. O objetivo deste estudo é identificar, descrever e classificar a doença articular degenerativa por meio de exame radiográfico em potros da raça Mangalarga Marchador, associando-a a fatores de criação, como alimentação e treinamento. Foram avaliados 207 animais com idade entre 18 e 36 meses, em diferentes haras, centros de treinamento e fazendas de criação. As imagens foram realizadas com equipamento radiográfico portátil, com a obtenção de imagens por sistema digital direto e avaliadas por dois examinadores em dois momentos distintos. Os graus de lesão foram classificados em uma escala de 1 a 4. Todos os animais foram avaliados quanto à presença ou ausência de claudicação e em relação ao escore de condição corporal (ECC) que apresentavam no momento do exame. Dados referentes ao tipo de alimentação e tempo de treinamento também foram coletados. Dos 207 animais, 158 apresentavam lesões compatíveis com osteoartrite, sendo 99 nos dois tarso; 59 em apenas um dos membros e 49 sem lesões, o que corresponde a 76,3% (158/207) dos animais com lesões, embora apenas 23 animais apresentassem claudicação dos membros pélvicos. Foi observada a influência do ECC, tempo de treinamento e alimentação à base de silagem na ocorrência e na gravidade das lesões dos animais avaliados.