Banca de DEFESA: RÚBIA MARCIA SIQUEIRA MARTINS

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: RÚBIA MARCIA SIQUEIRA MARTINS
DATA: 18/05/2023
HORA: 13:30
LOCAL: Google meet
TÍTULO:

ESTUDO DAS VARIÁVEIS FÍSICO-QUÍMICAS E DA MICROBIOTA DA CODIGESTÃO DO EFLUENTE DE LATICÍNIO COM ESTERCO BOVINO PARA A PRODUÇÃO DE BIOGÁS

 

PALAVRAS-CHAVES:

Biogás, efluente de laticínio, estrume bovino, microrganismos metanogênicos

PÁGINAS: 64
GRANDE ÁREA: Ciências Agrárias
ÁREA: Agronomia
SUBÁREA: Fitossanidade
ESPECIALIDADE: Microbiologia Agrícola
RESUMO:

Durante as etapas de produção da indústria de laticínios, são gerados resíduos líquidos, que possuem elevada carga orgânica e poder de poluição ambiental, e a digestão anaeróbia pode ser utilizada para o tratamento deste efluente. Porém, dada a alta biodegradabilidade deste substrato, esta biotecnologia pode apresentar algumas desvantagens, devido ao acúmulo de ácidos orgânicos, o que resulta na inibição das arqueias metanogênicas, levando à falha nos digestores e menor produção de biogás. Encontra-se na literatura trabalhos que utilizam o soro de queijo em codigestão com estrume bovino, porém ainda são escassos os estudos que utilizam como cosubstrato o efluente de laticínio. O dejeto bovino, além de conter microrganismos metanogênicos, pode ser utilizado também, no intuito de oferecer maior equilíbrio ao processo. A codigestão do efluente de laticínio com o estrume bovino, pode apresentar-se como uma alternativa para a supressão da desvantagem relacionada a acidez deste substrato, e o estudo dos microrganismos envolvidos no processo, torna-se necessário para o conhecimento da dinâmica da produção de biogás, e assim, para o desenvolvimento de estratégias de controle dos parâmetros operacionais e otimização da produção de metano. Este trabalho teve como objetivo estudar os parâmetros físicoquímicos e a dinâmica da microbiota metanogênica na codigestão do efluente de laticínio com estrume bovino para a produção de biogás. Para isso, foram realizados ensaios de codigestão anaeróbia do efluente de laticínio com estrume bovino em reatores anaeróbios de bancada, em delineamento inteiramente casualizado. Os ensaios foram incubados a 35ºC, por 90 dias, e foram avaliados o efeito tamponante do estrume bovino em codigestão com o efluente, e o potencial de adaptação do lodo ao substrato, e a partir do melhor resultado de rendimento da produção de metano, foi realizado o cultivo e isolamento dos microrganismos do processo em meio de cultura de soro de queijo, e será realizada análise metagenômica do meio, a partir do sequenciamento do gene 16S rRNA e quantificação de carboidratos e ácidos orgânicos por HPLC. O estrume bovino em codigestão ao efluente de laticínios, na proporção de 50%, não ofereceu efeito tamponante inicial ao processo anaeróbio, porém o sistema demonstrou capacidade inerente de adquirir alcalinidade ao longo do tempo, apresentando maior estabilidade de pH e produção de metano. A adição de hidróxido de sódio, conferiu maior estabilidade inicial ao sistema e maior rendimento de produção de metano. O lodo apresentou capacidade de adaptação ao substrato, demonstrando seu potencial para uso em partida de reatores. O meio de cultura de soro de queijo ácido, apresentou-se adequado para o crescimento de gêneros bactérias acidogênicas, podendo ser utilizado em experimentos posteriores, como meio alternativo para o estudo destes microrganismos.

MEMBROS DA BANCA:
Interno - CARLA LUIZA DA SILVA AVILA (Membro)
Externo à Instituição - PÂMELA MYNSEN MACHADO MARTINS - UFLA (Suplente)
Interno - LUCIANA SILVA RIBEIRO MARTINS - UFLA (Membro)
Externo à Instituição - KELLY CRISTINA DOS REIS - UFC (Suplente)
Externo à Instituição - KELLY CRISTINA DA SILVA BRABES - UFGD (Membro)
Externo ao Programa - FABIANA REINIS FRANCA PASSAMANI - DCA/ESAL (Membro)
Presidente - CRISTINA FERREIRA SILVA E BATISTA (Membro)