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Banca de DEFESA: THALISSA PRADO DE SOUZA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: THALISSA PRADO DE SOUZA
DATA: 28/09/2023
HORA: 09:00
LOCAL: Sala de Reuniões DCA
TÍTULO:

Controle de Aspergillus ochraceus por Geotrichum candidum e Leveduras autóctones: Impacto na qualidade e segurança do Queijo Minas Artesanal.


PALAVRAS-CHAVES:

queijo artesanal. fungos toxigênicos. biocontrole. fatores
abióticos.




PÁGINAS: 76
GRANDE ÁREA: Ciências Agrárias
ÁREA: Agronomia
SUBÁREA: Fitossanidade
ESPECIALIDADE: Microbiologia Agrícola
RESUMO:

Os queijos são reconhecidamente importantes nos diferentes setores agroindustriais e em diferentes países do mundo.  No Brasil, Minas Gerais, é considerado o maior produtor em todo território, com destaque internacional para a produção do Queijo Minas Artesanal (QMA), reconhecido pelo concurso Mondial du Fromage et des Produits Laitiers na França. Este queijo é produzido empregando-se leite cru de vaca, sem tratamento térmico prévio, acrescido de coalho, sal e fermento endógeno natural (pingo), gerando um produto de sabor único devido as particularidades de seu terroir. A maturação ocorre em prateleiras de madeira, sem controle de temperatura e umidade, explorando a micobiota que ocorre naturalmente no ambiente de maturação. Os fungos autóctones que colonizam são em maioria benéficos e atribuem características sensoriais importantes, bem como potencial bioprotetor. No entanto, espécies micotoxigênicas indesejáveis, como Aspergillus ochraceus potencial produtor de ocratoxina A (OTA) pode se desenvolver. Entretanto, o crescimento de espécies mitoxigênicas não implica que a micotoxina esteja presente no produto, uma vez que sua biossíntese é multifatorial. Neste sentido, o presente estudo teve como objetivos avaliar a influência da atividade água (aw) e temperatura no crescimento e risco potencial de produção de OTA (ORI) por A. ochraceus URMICRO 11727 e 11728 em meio à base de queijo, bem como avaliar a eficiência de fungos autóctones no controle do crescimento de A. ochraceus URMICRO 11727 e risco ORI. Foi empregado o Delineamento Rotacional Composto Central (DCCR) com aw variando de 0.90 a 0.99 e temperaturas de 15 a 35 °C.  O crescimento ideal para as cepas de A. ochraceus foi em um intervalo de 0.94 a 0.99 aw e temperatura entre 23 e 32 °C. As condições sob as quais as cepas mostraram o maior risco ORI, foi em aw acima de 0.93 e temperatura entre 18 e 30 °C. Com os modelos obtidos, foi possível verificar quais condições tornam mais favoráveis a produção de OTA durante a maturação. Os resultados mostraram que entre as condições que oferecem maior risco ORI, a condição 18°C e 0.98 aw, requer maior atenção, pois corresponder a aw do queijo no processo inicial da maturação do QMA. A partir destes resultados, selecionamos a cepa de A. ochraceus URMICRO 11727, que apresentou o maior risco ORI, a fim de avaliar o efeito antagonista de fungos autóctones. Os resultados mostraram que todas as seis espécies autóctones testadas exerceram efeito antagonista no co-cultivo. As maiores taxas de inibição foram encontradas empregando Geotrichum candidum como espécie antagonista, com 88.37% e 100% de redução nas condições 0.98 aw /18 °C e 0.99 aw / 25 °C, respectivamente. O risco ORI também foi significativamente reduzido, com destaque para Yarrowia lipolytica, que inibiu completamente ORI em todas as condições avaliadas. O efeito de compostos orgânicos voláteis (COVs) e solúveis produzido pelas espécies antagonistas foi avaliado. Observamos a redução do crescimento e da esporulação de A. ochraceus pela produção de COVs, com destaque para a espécie antagonita G. candidum, que exerceu efeito fungicida nas condições 0.98 aw / 18 °C e 0.99 aw / 25 °C.  A inibição do crescimento de A. ochraceus provavelmente foi baseado em efeitos sinérgicos de fatores como a competição por nutrientes e espaço e produção de COVs. Os principais compostos de COVs com propriedades antifúngicas já relatadas foram 2-metil-1-butanol, 3-metil-1-butanol e 2-feniletanol, conforme detectado pela análise de Headspace-Microextração em Fase Sólida acoplada à Cromatografia Gasosa com detector de Espectrometria de Massas (HS-SPME-GC-MS). Conclui-se que a presença de espécies autóctones no QMA confere proteção, sem alterar a tipicidade do produto.




MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - SARA MARIA CHALFOUN DE SOUZA - EPAMIG (Membro)
Interno - ROBERTA HILSDORF PICCOLI (Membro)
Externo à Instituição - MICHELLE FERREIRA TERRA - IFMG (Suplente)
Externo ao Programa - LUIZ RONALDO DE ABREU - DCA/ESAL (Membro)
Presidente - LUIS ROBERTO BATISTA (Membro)
Externo ao Programa - JORGE TEODORO DE SOUZA - DFP/ESAL (Membro)
Externo ao Programa - JAQUELINE DE PAULA REZENDE - DCA/ESAL (Membro)
Notícia cadastrada em: 18/09/2023 17:18
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